Ventura Porfírio
Ventura Porfírio | |
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Auto-retrato, 1945, óleo sobre tela, 83 x 80 cm | |
Nascimento | 28 de agosto de 1908 Castelo de Vide |
Morte | 08 de janeiro de 1998 (89 anos) Portalegre |
Nacionalidade | portuguesa |
Área | Pintura |
António Ventura Porfírio (Castelo de Vide, 26 de agosto de 1908 — Portalegre, 8 de janeiro de 1998) foi um pintor português.[1][2]
Biografia / Obra
[editar | editar código-fonte]Filho mais velho de Rosa Ventura Porfírio e José Luis Porfírio, a obra de Ventura Porfírio reparte-se pela pintura, desenho, museologia (conservação/restauro), jardinagem. Na primeira metade da década de 1920 frequenta diversas instituições de ensino: Escola Industrial Fradesso da Silveira em Portalegre (1918-20); Escola Industrial de Leiria e atelier de Desenho de Arquitectura de Korrodi (1922-23); Escola de Belas-Artes de Lisboa (1919-21 e 1923-24). A morte inesperada do pai leva-o à interrupção dos estudos.[3]
Recebe uma bolsa do Grémio de Ação Municipal de Castelo de Vide e entra para o 2º ano da Escola de Belas-Artes do Porto em 1926. Contacta com escritores como Alberto Serpa, José Régio e Adolfo Casais Monteiro. Tem colaboração na revista Princípio [4] (1930) dirigida pelo último. O estímulo e rivalidade de colegas como Dominguez Alvarez e o companheirismo e amizade de toda a vida com Augusto Gomes, Abel de Moura ou Basto Fabião serão decisivos na sua formação. Participa na formação e nas ações do grupo Mais Além.[3]
Em 1935 casa-se com Maria Benedita Serrano Gordo e em 1943 nasce o seu filho José Luís Porfírio. Entre 1935 e 1937 é bolseiro do Instituto de Alta Cultura, estudando em Madrid, Paris e Bruxelas. Em 1938 assume o cargo de Conservador do Palácio Nacional de Queluz, que desempenha até à sua reforma por motivo de doença em 1973. Em 1956 obtém a 2ª medalha no Salão de Primavera da Sociedade Nacional de Belas Artes com um Auto-Retrato; em 1958 a obra Poeta de Deus e do Diabo, retrato de José Régio, marca um importante ponto de viragem na sua produção. Em 1959 inicia experiências de desenho abstrato, em diferentes formatos e técnicas que vão prolongar-se até 1976.[3][5]
Entre 1983 e 1989 – com um interrupção em 1986 devido a problemas de saúde –, faz uma intervenção de fundo no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Castelo de Vide, destinado aos atos públicos mais importantes do Município. A sua intervenção engloba trabalhos de arquitetura, artes decorativas e pintura mural.[5]
Morre a 8 de Janeiro de 1998 no hospital de Portalegre.
Por proposta da Câmara Municipal de Castelo de Vide, a Casa e Jardim do Pintor Ventura Porfírio foi classificada em 2003 pelo IGESPAR como de Imóvel de Interesse Municipal.[6]
Exposições individuais póstumas
[editar | editar código-fonte]- 2001-2002 | Ventura Porfírio - 1908-1998, exposição Antológica, Centro Municipal de Cultura de Castelo de Vide e Paços do Concelho de Castelo de Vide.
- 2002 | Exposição Antológica, Museu Nacional de Évora.
- 2002 | Ventura Porfírio - 60 Anos de Desenho, Galeria do Palácio-Câmara Municipal do Porto.
Referências
- ↑ PAMPLONA, Fernando de - Dicionário de pintores e escultores portugueses, IV ed., Barcelos, 1988, p. 360.
- ↑ TANNOCK, Michael. Portuguese 20th Century Artists: a Biographical Dictionary. Chichester, West Sussex, England: Phillimore & CO LTD, 1978, p. 133. ISBN 0-85033-312-1
- ↑ a b c PORFÍRIO, Ventura – Ventura Porfírio: O Território do Desenho: Os Grandes Formatos dos anos 60. Castelo de Vide: Fundação Nossa Senhora da Esperança, 2012
- ↑ Rita Correia (11 de dezembro de 2008). «Ficha histórica:Princípio : publicação de cultura e política (1930)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 27 de março de 2015
- ↑ a b PORFÍRIO, José Luís. In: Castelo de Vide, Castelo de Vida: Um trabalho de Ventura Porfírio no Salão Nobre da Câmara Municipal de Castelo de Vide, 1989, p. 6.
- ↑ «IGESPAR». Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico. Consultado em 20 de agosto de 2012